No século XVIII, os franceses também reivindicaram a posse da área e em 11 de abril de 1713 foi assinado o Tratado de Utrecht que estabeleceu o rio Oiapoque como limite entre o Brasil e a Guiana Francesa, porém este limite não foi respeitado pelos franceses. Os portugueses construíram então a fortaleza de São José do Macapá, para proteger suas fronteiras das incursões dos franceses.
O auge dessas investidas, ocorreu quando Claude d'Orvilhers governava aquela Colônia e corsários franceses aprisionavam indígenas para escravizá-los. Eram combatidos, mas sem eficiência. A partir de 19 de julho de 1722, quando o capitão-general João da Maia da Gama assumiu o governo do Estado do Maranhão e Grão-Pará, as investidas francesas começaram a ser combatidas de forma mais intensa. No período de 1723 a 1728, além das rotineiras expedições guarda-costas, que percorriam o litoral, esse governador ordenou quatro grandes expedições militares à região, comandadas pelos capitães João Paes do Amaral, Francisco de Mello Palheta, Diogo Pinto da Gaya e Francisco Xavier Botero, que não chegaram a combater invasores, contudo fizeram como que fossem reduzidas substancialmente as invasões francesas sobre o setentrião pátrio.
Fundação de Macapá
Assegurado aos portugueses o domínio sobre as terras situadas entre os rios Amazonas e Oiapoque, os mesmos voltaram a se estabelecer na região, em 1738, posicionando em Macapá um destacamento militar. Governava o Estado do Maranhão e Grão-Pará, João de Abreu C. Branco, que o conservou até o final de seu governo, em agosto de 1747, sem nada fazer pelo seu desenvolvimento por falta de recursos financeiros e interesse da Coroa Portuguesa. Esse governador, chegou a insistir na urgência da implementação do povoamento e fortificação da Foz do Amazonas.
Francisco Pedro de Mendonça Gurjão, seu sucessor, renovou essas reivindicações, mas a. única providência tomada por D. João com relação à região, foi oficialmente denominá-la, em 1748, de Província dos Tucujus ou Tucujulândia, sem que lhe fosse. alterada a condição administrativa. Tratava-se tão somente de delimitação geográfica, objetivando planejamento estratégicos militares de defesa da área, e de controle sobre as nações indígenas que a habitavam, para sua exploração como mão-de-obra e utilização no combate contra invasores estrangeiros.
Ao governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, entretanto, coube a tarefa de implementar a colonização da região. Assumiu o governo do Estado do Maranhão e Grão-Pará em 24 de Setembro de 1751, e já em Dezembro organizava uma expedição a. Macapá sob comando do sargento-mor João Batista do Livramento, constituída. de soldados e principalmente, de colonos da Ilha dos Açores. Foram recepcionados pelo comandante da guarnição, Manoel Pereira de Abreu e padre Miguel Ângelo de Morais que estavam em conflito, porque. o militar negava-se em atender os pedidos e solicitações do sacerdote, inclusive de alimentação.
O povoado rapidamente progredia, mas a insalubridade do local tornava-se um grave problema a ser enfrentado pelos colonos. Em 1752, uma epidemia de cólera grassou em Macapá. A notícia chegou a Belém, e em 7 de março desse ano, inesperadamente, Mendonça Furtado aportou na povoação, trazendo o único médico que havia na Capitania e medicamentos, conseguindo controlar a moléstia.
Mendonça Furtado, no início de fevereiro de 1758, novamente aportou em Macapá com numerosa comitiva. Estava em missão de demarcação de fronteiras da Colônia com as terras pertencentes à Espanha, na região Amazônica, definida pelo Tratado de Madri, assinado em 1750. Veio para elevar o povoado à categoria de vila. No dia 2 de fevereiro, começou com as providências, criando a Câmara Municipal e empossando os vereadores Domingos Pereira Cardoso, Feliciano de Sousa Betancort, Francisco Espindola de Betancort, Antonio da Cunha Davel, Thomé Francisco de Betancort e Simão Caetano Leivo.
No transcurso de uma solenidade, no dia 4 de fevereiro, Mendonça Furtado mudou a categoria administrativa do povoado de Macapá, elevando-o à condição de Vila de São José de Macapá.
Um século de Amapá
Em 1º de dezembro de 2000 o Laudo Suíço, documento assinado pelo governo da Suíça - país que arbitrou a questão do Contestado franco-brasileiro - que deu ganho de causa ao Brasil da Questão do Amapá, completou 100 anos.
A história propriamente dita do Contestado franco-brasileiro começa, na realidade, com a neutralização da área, a partir de 1841. A área em litígio passa a ser aquela situada entre os rios Oiapoque e Amapá Pequeno. Com isso, nem Portugal nem França teriam direitos sobre a área, até que as dúvidas e divergências sobre fronteira pudessem ser dissipadas. E para isso, em 1853 houve urna retomada das negociações: o Visconde do Uruguai, Paulino José de Souza, bastante respeitado na jurisprudência do Império, é nomeado para os primeiros estados. Nesse ano, aconteceram inúmeras, mas infrutíferas negociações com o jurisconsulto francês famoso, His de Butenval. Butenval não "arredava os pés" da tese de que o Rio de Vicente Pinzón mencionado em Utrecht (1713) era, de fato, o Araguari.
República do Cunani
Em 1857, quatro anos depois, uma nova tentativa: o capitão-tenente José da Costa Ladário, representante do Brasil, não consegue intimidar seu oponente francês, Mr. Carpentier. Por isso, não houve avanços. De 1857 a 1885, a região passa a ser visitada por mercantis e aventureiros de várias nacionalidades. Em 1885 o romancista e membro da Sociedade de Geografia Comercial Francesa, Jules Gross, cria, com seus auxiliares, a caricata e efêmera República de Cunani. A atitude de Gross não foi impasse para que o governo francês permitisse sua criação na área do Contestado. Mas o fim da republiqueta foi logo decretado.
Uma Segunda tentativa é colocada em prática em 1902, quando Adolph Brezet tentou continuar os planos de Gross. Desta vez, foi o governo brasileiro quem freiou seus ânimos.
Corrida do Ouro
O povoamento do território começou a se intensificar no século XIX, com a descoberta de ouro na área e o crescimento da extração da borracha, que havia atingido altos preços internacionais na época.
A descoberta de riquezas, no entanto, fez crescer as disputas territoriais, que culminaram com a invasão dos franceses. Em 1893 (alguns mencionam 1894) os ânimos passam a se acelerar mais na região do Contestado. Dois garimpeiros brasileiros e naturais de Curuçá-Pa., os irmãos Germano e Firmino Ribeiro, após tanta procura, descobriram ouro na bacia do rio Calçoene. Isto causou uma verdadeira corrida sem precedentes, invadindo a região aventureiros de todas as nacionalidades. A descoberta do referido metal também provocou um crescimento desordenado, aumentando inclusive a violência e os problemas de saúde, consequenciados pela falta de saneamento. O incontentamento grassou em toda a região, atravessando fronteiras.
Sabedor do achado do ouro, o governador da Guiana Francesa, Mr. Charvein, cuidou logo de colocar um representante da França lá. Assim, Eugene Voissien é escolhido para assumir a função de delegado da região contestada. Com essa regalia, Voissien passa a fiscalizar a região. facilitando assim todo o trabalho de coleta do ouro, que era desviado para o lado francês, que se arvorava na cobrança de altas taxas de impostos. Esse período, que vai de dezembro de 1893 até novembro de 1894 é, para alguns brasileiros um período de intranquilidade, pois incontáveis vezes alguns garimpeiros foram aprisionados por Voissien, que alegava nas suas faltas a prática do contrabando. Outros achavam que tais denúncias eram vazias, defendendo um pouco a imparcialidade discutida de Charvein.
As reações dos brasileiros não tardaram, reunindo-se a população para nomear, ali, um governo triúnviro sob a presidência do cônego Domingos Maltez, tendo como seus auxiliares, Veiga Cabral e Desidério Antonio Coelho Esta decisão do Triunvirato foi uma idéia do próprio Desidério Antonio Coelho, que antes foi nomeado para dirigir a região; mas opinava ele que isto poderia ser eficaz com a nomeação de três pessoas. Quanto a Voissien, ele se contentou com o cargo honorífico de Capitão Honorário do Exército Defensor do Amapá.
Em 1895 os ânimos se acirraram, provocando em 15 de maio, uma 'invasão' francesa, sob o comando do Capitão Lunier, ao Amapá. O paraense Francisco Xavier da Veiga Cabral ( o Cabralzinho ) foi quem administrou a retirada dos 'invasores', sagrando-se, com o feito, o ‘Herói do Amapá’.
Em 1897, um termo de compromisso assinado no Rio de Janeiro, em 10 de abril, pelos delegados do Brasil ( Ministro Gabriel e Piza ) e da França, confiava a resolução do Contestado á arbitragem do presidente da Confederação Suíça, Walter Hauser, e o advogado Barão do Rio Branco ( José Maria. da Silva. Paranhos ), especialista experiente em questões de fronteiras, é escolhido para defender o Brasil. Este encargo foi confiado, primeiramente, a Ruy Barbosa, mas este hesitou em assumir a questão, indicando como mais experiente que ele nesses assuntos, seu colega Barão do Rio Branco.
Após inúmeros estudos e conferências, a sentença foi pronunciada pelo governo suíço, três anos mais tarde, isto é; em 1º de dezembro de 1900, fixando ao Brasil a posse definitiva da região contestada, que se situava entre o Oiapoque e o Araguari e o território foi então incorporado ao Estado do Pará com o nome de Araguari. A data de lº de dezembro ficou consolidada como o nascimento do Amapá como parte territorial integrativa.
Em 1943, passou à administração do governo federal, com o nome de Amapá. Em 1945, a descoberta de ricas jazidas de manganês na serra do Navio, revolucionou a economia local. Procedeu a nova divisão territorial, passando a parte do Amapá ao norte do Rio Cassiporé a constituir o Município de Oiapoque. Foi mais uma vez desmembrado em dezembro de 1957, com a criação do município de Calçoene e a cessão de terras ao norte dos rios Amapá Grande e Mutum. A nova Constituição, promulgada em 5 de outubro de 1988, elevou o território do Amapá à categoria de Estado da Federação.
Fonte: Ministério das Relações Exteriores
Amapá
História
A região onde hoje se encontra o Estado do Amapá foi doada ao português Bento Manuel Parente, em 1637, com o nome de capitania da Costa do Cabo do Norte. No final do mesmo século, a região sofreu incursões de ingleses e holandeses, que foram expulsos pelos portugueses. No século XVIII, os franceses também reivindicaram a posse da área e em 1713, o Tratado de Utrecht estabeleceu os limites entre o Brasil e a Guiana Francesa, os quais não foram respeitados pelos franceses. Os portugueses construíram então a fortaleza de São José do Macapá, para proteger seus limites das incursões dos franceses.O povoamento do território começou a se intensificar no século XIX, com a descoberta de ouro na área e o crescimento da extração da borracha, que havia atingido altos preços internacionais na época. A descoberta de riquezas, no entanto, fez crescer as disputas territoriais, que culminaram com a invasão dos franceses em maio de 1895. A Comissão de Arbitragem, em Genebra, em 1º de janeiro de 1900, deu a posse da região ao Brasil e o território foi então incorporado ao Estado do Pará com o nome de Araguari. Em 1943, passou à administração do governo federal, com o nome de Amapá. Em 1945, a descoberta de ricas jazidas de manganês na serra do Navio, revolucionou a economia local. Procedeu a nova divisão territorial, passando a parte do Amapá ao norte do Rio Cassiporé a constituir o Município de Oiapoque. Foi mais uma vez desmembrado em dezembro de 1957, com a criação do município de Calçoene e a cessão de terras ao norte dos rios Amapá Grande e Mutum. A nova Constituição, promulgada em 5 de outubro de 1988, elevou o território do Amapá à categoria de Estado da Federação.
Dados Gerais
LimitesLocalização
Localizado na porção nordeste da Região Norte do País. Ocupa uma área de 142.814,585 km².
Limites
Norte : Guiana Francesa
Nordeste : com o Suriname
Leste : Oceano Atlântico
Sul e Oeste : Estado do Pará, do qual está separado pelo rio Amazonas.
Dados Gerais: Clima / Temperatura
O clima predominante no Amapá é equatorial, ou seja, quente e muito úmido, com índice de pluviosidade superior a 2.500 mm anuais. As temperaturas médias anuais oscilam entre 25 e 30º C.
Relevo
Parte de sua superfície é constituída por terras baixas onde se encontram mangues e lagos (bacia do Oiapoque, litoral Atlântico, foz do Amazonas), embora também possua trechos mais elevados, com altitudes superiores a 200 metros, na região centro-ocidental, incluída no Planalto das Guianas. O ponto mais elevado do Estado é a serra do Tumucumaque, com 500 metros de altitude, situada em sua parte noroeste.
Hidrografia
Aproximadamente 39 % da área de sua bacia hidrográfica, que ocupa toda a extensão do Estado, pertence à bacia amazônica, enquanto o restante incorpora-se ao trecho norte e nordeste da bacia do Atlântico Sul. Seus rios mais extensos são o Jari, o Oiapoque e o Araguari, que correm diretamente para o oceano Atlântico. O Jari é principal tributário do rio Amazonas e o Oiapoque corre na fronteira com a Guiana Francesa. Destacam-se ainda na bacia hidrográfica do Estado, os rios Calçoene e Maracá.
Geologia / Solo
No Amapá, as áreas de várzeas apresentam melhores índices de fertilidade do solo, devido aos rios e igarapés que sofrem influência das marés. Quando sobe a maré, o rio traz sedimentos diversos e isso ajuda a enriquecer o solo. Essas áreas apresentam também elevados teores de matéria orgânica, proveniente das matas ciliares, que também contribui para melhorar a qualidade do solo. Há, também, em várias partes do Estado, pequenas áreas que apresentam índices superiores de fertilidade.
Vegetação
A maior parte do território do Estado do Amapá, cerca de 73 % do total, que corresponde a aproximadamente 97.000 km², está coberta pela Floresta Amazônica ou Hiléia Brasileira. No entanto, na faixa oriental encontram-se campos "cerrados", com árvores esparsas e esgalhadas, e o solo recoberto de gramíneas e manguezais.
Fonte: mre.gov.br
Amapá
O município de Amapá já desfrutou da condição de capital do então Território Federal do Amapá, passando o privilégio para Macapá a partir de 1945.
As primeiras informações do município são de 1893, quando os garimpeiros paraenses, naturais de Curuçá, Germano e Firmino, descobrem ouro em Calçoene (a esse tempo pertencente ao município de Amapá). O rush dos franceses da Guiana, que queriam o ouro a todo custo, criou vários incidentes, com choques violentos que culminaram com a vitória dos brasileiros sob o comando de Veiga Cabral (veja mais detalhes em Contestado Franco - Brasileiro).
Em 21 de janeiro de 1901, as terras do atual município, antes contestadas pela França, foram anexadas ao Estado do Pará após o ganho de causa do Brasil, compreendendo três municípios (Amapá, Oiapoque e Calçoene), com o nome de Aricari. Em 22 de outubro de 1901, pelo decreto nº 798, surge o município de Amapá com a denominação de Montenegro, em homenagem ao governador do Pará, Augusto Montenegro.
Em 27 de julho de 1904, é criada a Paróquia do Divino Espírito Santo. Em 1906 a sede municipal contava com 54 casas. Em 1907 é nomeado o primeiro promotor público letrado da vila, Luís Beltrão de Andrade Lima, que passa a assumir a
função a partir de 12 de agosto.
Em 1938, em pleno Estado Novo, seu nome é mudado para Veiga Cabral, mas no final desse mesmo ano recupera o topônimo antigo de Amapá. A esse tempo a cidade já possuía uma cadeia em alvenaria, um mercado em arquitetura mourisca, um prédio para mesa de rendas, dez casas comerciais e 112 residências.
Em 13 de setembro de 1943, quando é criado o Território do Amapá, toda a área municipal é anexada integralmente à nova unidade territorial. Em 1945 o município cede terras para a formação de Oiapoque e Calçoene, fixando-se numa área de 23.144 km. Com a criação de novos municípios no decorrer de quase 50 décadas, Amapá teve sua área reduzida para 9.203,5 km2.
A palavra Amapá é de origem indígena e vem da nação Nuaruaque, que habitava a região Norte do Brasil, na época do descobrimento. O nome do Município de Amapá, assim como o do Estado do Amapá, originou-se de uma espécie de árvore brasileira ou amazônica chamada amapazeiro, que possui um tronco volumoso, um metro de diâmetro na base, casca espessa, por onde escorre um abundante leite branco: o leite de Amapá
Aniversário da Cidade
22 de Outubro
CARACTERÍSTICAS
O município possui um rico acervo de recursos minerais com destaque para a cassiterita e a tantalita. No reino vegetal é farta a diversidade de florestas de árvores medicinais e para as indústrias de cosméticos e frutos como a andiroba, patuá e ucuúba, entre inúmeras outras de grande cotação no mercado internacional para a industria farmacêutica.A variada piscicultura natural tem atraído muitas indústrias pesqueiras (muitas delas atuando de forma clandestina e predatória) que vão a busca das delícias do tucunaré e do pirarucú. No litoral, banhado pelo Oceano Atlântico, saem na captura da gurijuba, uritinga, pirapema, melro, dourado e uma infinidade de
outros pescados.
Clima
Quente úmido
Temperatura Média
Média mínima anual de 23°C, e máxima de 33°C
COMO CHEGAR
Sul: Pracuúba;
Leste: Oceano Atlântico;
Oeste: Calçoene.
302 km da Capital
0 TURISMO
Cachoeira Grande, Rios e Igarapés, a Base Aérea e
a Agropesc - Feira Agropecuária.
Beleza Natural
A estação ecológica das ilhas de Maracá e Jipioca, os rios
Amapá Grande, Flexal, Tartarugal Grande e Tartarugalzinho, Cabo Norte, além dos lagos Duas Bocas, Comprido, Sacaisal, Pracuúba, Bom Nome e Lago Novo, são algumas paisagens paradisíacas do município. Mas não só de beleza natural vive o Amapá.
Base Aérea
Também já foi chamada Museu da Segunda Guerra, por ter servido de apoio ao Exército e à Marinha Americana - e que está sendo transformada, de fato, em Museu da Segunda Guerra Mundial. No local ainda existem componentes remanescentes da segunda guerra, como torre de atracação de zepelins, paiol de munição, sucatas de um Jeep, trator e de um carro de bombeiros.
Cachoeira Grande
Que mesmo pertencendo ao município de Calçoene, fica próximo da cidade de Amapá). Na frente figura uma estátua em concreto do seu herói maior, o Cabralzinho.
Todos os anos do mês, realizam-se na sede do município, os festejos do divino Espírito Santo, padroeiro da cidade. Entretanto, um dos eventos mais importantes (economicamente) nesse município é a Agropesca -exposição feira-agropecuária, que ocorre no parque de exposições Tancredo Neves, onde comparecem criadores de quase todos os municípios, inclusive de outros Estados.
Pororoca
A pororoca pode ser um espetáculo aterrador ou fantástico dependendo de onde você estiver. Em segurança, pode-se presenciar a única ocasião em que o oceano Atlântico vence a resistência do rio.
A palavra Pororoca é de origem indígena e expressa o barulho produzido pelo fenômeno do encontro das águas do rio Amazonas com o oceano Atlântico, com um volume de 240.000 m3 por segundo,. O choque é particularmente violento no período das marés de primavera. Na primeira fase do encontro, as águas do Amazonas penetram por vários quilômetros dentro do oceano. Em seguida, a maré empurra o rio de volta na direção de seu curso e este se expande pela terra ao redor, inundando toda a região, inclusive praias e as ilhas mais rasas. Dessa forma, o rio é então impedido de despejar suas águas no oceano, ao mesmo tempo em que faz pressão para impedir a força do mar contra seu percursos.
A certa altura essa disputa se encerra e a força da maré penetra no estuário do rio Amazonas. As ondas crescem a uma altura de 4 metros, com ruídos que podem ser ouvidos a vários quilômetros de distância. Esse espetáculo natural pode ser observado em vários pontos do estuário do Amazonas, mas sua performance mais impressionante ocorre no maior braço do rio, situado no litoral do Amapá. Existem barcos que levam os turistas ao delta do rio Araguari, que também fica alagado, em viagem que dura 15 horas a partir de Macapá.
Os índios do baixo Amazonas tem uma boa palavra para definir a pororoca: poroc-poroc significa destruidor.
O relevo é pouco acidentado, em geral abaixo dos 300 metros de altitude. A planície litorânea se caracteriza pela presença de mangues e lagoas. Amazonas, Jari, Rio Oiapoque, Araguari, Calçoene e Maracá são os rios principais.
Atualmente, está sendo construida sobre o Rio Oiapoque a ponte binacional, entre o estado do Amapá e a Guiana Francesa, a obra está locazada a 5 km da cidade de Oiapoque. Em 23/08 de 2009, a obra foi notificada pelo Ibama, devido a desoberta de um sítio arqueológico próximo à obra. Em 26/08 do mesmo ano, a obra foi retomada.
Origem do nome
A origem do nome do Estado é controversa. Na língua tupi, o nome "amapá" significa 'o lugar da chuva' :ama (chuva) e paba(lugar, estância, morada). Segundo a tradição, porém, o nome teria vindo do nheengatu - língua geral da Amazônia, uma espécie de dialeto tupi jesuítico - significando "terra que acaba" ou "ilha". Segundo outros, a palavra "amapá" é de origem nuaruaque ou aruaque,[3] pertencente à mais extensa das famílias lingüísticas da América do Sul, dos habitantes da região norte do Brasil ao tempo do seu descobrimento - e identificaria uma árvore da família das Apocináceas. A árvore produz um fruto saboroso, em formato de maçã, de cor roxa, que é parte da farmacopéia amazônica. Da casca do tronco dessa árvore, o amapá (Hancornia amapa), típica da região e cujo desenho está no brasão do Estado do Amapá, é extraído o látex (chamado leite de amapá) usado na medicina popular como fortificante, estimulante do apetite e também no tratamento de doenças respiratórias e gastrite. Popularmente conhecida como "amapazeiro", a espécia encontra-se ameaçada, dada a sua exploração predatória para extração da seiva.[4]
História do Amapá
A costa do Amapá foi descoberta e reconhecida pelo espanhol Vicente Yañez Pinzón. Com quatro caravelas, Pinzón atingiu em 26 de janeiro de 1500 um cabo do litoral brasileiro que foi identificado como cabo de Santo Agostinho (Pernambuco). Prosseguindo para o norte, passou pela foz do Amazonas e chegou à boca de um outro grande curso d'água, daí por diante conhecido como rio de Vicente Pinzón. Sua identificação com Oiapoque daria ao Brasil ganho de causa na questão dos limites com a Guiana Francesa (1897).
Ocupação
O Tratado de Tordesilhas, firmado entre Portugal e Espanha em 1494, pusera toda a costa atlântica ao norte da foz do Amazonas sob jurisdição espanhola. A região do Amapá, entretanto, só viria a ser explorada em conjunto pelos dois países de 1580 a 1640, período em que Portugal foi governado por reis da Espanha. Também franceses, ingleses e neerlandeses se interessaram pelo território, conhecido na época por Costa do Cabo do Norte. Dele se extraíam madeira, resinas, frutos corantes, como o urucu, e óleos vegetais, além dos produtos de pesca, como o peixe-boi, guarabá ou manatim, que eram salgados e exportados para a Europa. Uma companhia inglesa, de Londres, e uma holandesa, de Flessing, foram fundadas para explorar essas riquezas. Deu-se início também à plantação de fumo e cana-de-açúcar, ao fabrico de açúcar e aguardente, e à criação de gado.
Os portugueses, que a esse tempo iniciavam a penetração na Amazônia, inquietavam-se com a competição estrangeira. Em 1637, Bento Maciel Parente obteve de Filipe II a concessão de todo o Cabo do Norte como capitania hereditária, a exemplo das que Dom João III criara cem anos antes. Seu título foi reconhecido, depois da restauração, por Dom João IV, mas nem por isso cessaram as incursões estrangeiras, sobretudo de franceses, que baseavam suas pretensões em cartas-patentes de 1605 com que o rei Henrique IV fizera Daniel de la Touche, sire de La Ravardière, seu lugar-tenente nas regiões da América "desde o rio das Amazonas até a ilha da Trindade". Em 1694, o marquês de Ferrolles, governador de Caiena, pretendeu que a fronteira passasse por uma imaginária "ilha Oiapoque", na própria foz do Amazonas. Em 1697, houve uma invasão armada. Tais lutas e desinteligências levaram a negociações (1698) e a um tratado provisório (1700), que neutralizava a área contestada até a conclusão de um acordo final. Confirmado pela aliança de 1701 entre Portugal e França (1713-1715), em que Portugal tomou o partido de Inglaterra, Áustria e Países Baixos contra Luís XIV.
O primeiro Tratado de Utrecht (1713) dispôs que o limite entre as possessões francesas e portuguesas no norte do Brasil seria o rio Oiapoque ou de Vicente Pinzón; consagrou a desistência francesa "a qualquer uso" do rio Amazonas; e garantiu a Portugal a posse exclusiva das duas margens. A partir dessa data o esforço diplomático francês foi dirigido no sentido de provar que o rio Oiapoque não era o rio de Pinzón e a sugerir rios alternativos, mais para o sul: o Cassiporé (Caciporé), o Calçoene, o Cunani, o Carapapóris, o Araguari, um braço do Amazonas junto à ilha de Marajó.
Alguns desses falsos limites foram consagrados por instrumentos internacionais. Um tratado de 1797 pôs a fronteira da Guiana no Calçoene, mas não foi ratificado por Portugal. O Tratado de Badajoz (1801) adotou o rio Araguari. O Tratado de Madrid (1801), o rio Carapanatuba. Foram anulados pelo manifesto do príncipe regente (1808) e pelo artigo adicional n.º 3 ao Tratado de Paris (1814). O Tratado de Amiens (1802), celebrado por França, Espanha, Reino Unido e Países Baixos, reconheceu, igualmente, a fronteira no Araguari. Não teve, contudo, a adesão de Portugal.
Desbravamento
"O Marquês de Pombal expulsando os jesuítas" (Louis-Michel van Loo e Claude-Joseph Vernet, 1766).Entrementes, os portugueses prosseguiam com a obra de desbravamento das terras e catequese dos índios. Fundaram-se missões franciscanas e jesuíticas. O marquês de Pombal, que muito se ocupou da Amazônia e teria pensado em transferir a capital do reino de Lisboa para Belém, ordenou a construção (1764) da maior fortaleza da colônia em Macapá, um dos principais núcleos da colonização juntamente com Nova Mazagão. Para Macapá foram levados colonos açorianos; para Nova Mazagão, 340 famílias de Mazagão, na costa do Marrocos. O esforço civilizador era então oficial. A capitania se extinguira, por morte do donatário, e revertera à coroa. Foi criado um comando militar para o território, com sede em Macapá, que já contava quase três mil habitantes (ganharia foros de cidade em 1856; Mazagão, em 1889).
A ocupação de Portugal por Junot (1808) levou à trasladação da corte e a represálias contra os franceses no norte do Brasil. A Guiana foi ocupada por um corpo de vanguarda de voluntários paraenses, apoiados por uma pequena força naval, e governada durante oito anos pelo desembargador João Severiano Maciel da Costa, futuro marquês de Queluz. O Tratado de Paris (1814) ordenou a restituição da Guiana à França com as fronteiras de 1792, isto é, no Carapapóris. Portugal não ratificou essa decisão. O ato final do Congresso de Viena (1815) reconheceu a antiga fronteira de Utrecht. Por uma convenção celebrada em Paris (1817), Portugal comprometeu-se a efetuar a devolução em três meses, o que foi feito. Concordou também em que se formasse uma comissão mista para demarcar a fronteira. Tal comissão, porém, jamais se reuniu.
Durante a Cabanagem, que conflagrou por cinco anos (1835-1840) a província do Grão-Pará, o território se opôs aos rebeldes e sofreu depredações. Seus rebanhos foram dizimados. Constituíam, já, riqueza apreciável. Essa prosperidade e a ocorrência de ouro no Calçoene reavivaram a velha ambição francesa.
Amapá
O município de Amapá já desfrutou da condição de capital do então Território Federal do Amapá, passando o privilégio para Macapá a partir de 1945.
As primeiras informações do município são de 1893, quando os garimpeiros paraenses, naturais de Curuçá, Germano e Firmino, descobrem ouro em Calçoene (a esse tempo pertencente ao município de Amapá). O rush dos franceses da Guiana, que queriam o ouro a todo custo, criou vários incidentes, com choques violentos que culminaram com a vitória dos brasileiros sob o comando de Veiga Cabral (veja mais detalhes em Contestado Franco - Brasileiro).
Em 21 de janeiro de 1901, as terras do atual município, antes contestadas pela França, foram anexadas ao Estado do Pará após o ganho de causa do Brasil, compreendendo três municípios (Amapá, Oiapoque e Calçoene), com o nome de Aricari. Em 22 de outubro de 1901, pelo decreto nº 798, surge o município de Amapá com a denominação de Montenegro, em homenagem ao governador do Pará, Augusto Montenegro.
Em 27 de julho de 1904, é criada a Paróquia do Divino Espírito Santo. Em 1906 a sede municipal contava com 54 casas. Em 1907 é nomeado o primeiro promotor público letrado da vila, Luís Beltrão de Andrade Lima, que passa a assumir a
função a partir de 12 de agosto.
Em 1938, em pleno Estado Novo, seu nome é mudado para Veiga Cabral, mas no final desse mesmo ano recupera o topônimo antigo de Amapá. A esse tempo a cidade já possuía uma cadeia em alvenaria, um mercado em arquitetura mourisca, um prédio para mesa de rendas, dez casas comerciais e 112 residências.
Em 13 de setembro de 1943, quando é criado o Território do Amapá, toda a área municipal é anexada integralmente à nova unidade territorial. Em 1945 o município cede terras para a formação de Oiapoque e Calçoene, fixando-se numa área de 23.144 km. Com a criação de novos municípios no decorrer de quase 50 décadas, Amapá teve sua área reduzida para 9.203,5 km2.
Gentílico
Significado do NomeA palavra Amapá é de origem indígena e vem da nação Nuaruaque, que habitava a região Norte do Brasil, na época do descobrimento. O nome do Município de Amapá, assim como o do Estado do Amapá, originou-se de uma espécie de árvore brasileira ou amazônica chamada amapazeiro, que possui um tronco volumoso, um metro de diâmetro na base, casca espessa, por onde escorre um abundante leite branco: o leite de Amapá
Aniversário da Cidade
22 de Outubro
CARACTERÍSTICAS
O município possui um rico acervo de recursos minerais com destaque para a cassiterita e a tantalita. No reino vegetal é farta a diversidade de florestas de árvores medicinais e para as indústrias de cosméticos e frutos como a andiroba, patuá e ucuúba, entre inúmeras outras de grande cotação no mercado internacional para a industria farmacêutica.A variada piscicultura natural tem atraído muitas indústrias pesqueiras (muitas delas atuando de forma clandestina e predatória) que vão a busca das delícias do tucunaré e do pirarucú. No litoral, banhado pelo Oceano Atlântico, saem na captura da gurijuba, uritinga, pirapema, melro, dourado e uma infinidade de
outros pescados.
Clima
Quente úmido
Temperatura Média
Média mínima anual de 23°C, e máxima de 33°C
COMO CHEGAR
Localização
Mesorregião do Norte do AmapáLimites
Norte: Calçoene;Sul: Pracuúba;
Leste: Oceano Atlântico;
Oeste: Calçoene.
Acesso Rodoviário
Distâncias302 km da Capital
0 TURISMO
Principais Pontos Turísticos
Atração TurísticaCachoeira Grande, Rios e Igarapés, a Base Aérea e
a Agropesc - Feira Agropecuária.
Beleza Natural
A estação ecológica das ilhas de Maracá e Jipioca, os rios
Amapá Grande, Flexal, Tartarugal Grande e Tartarugalzinho, Cabo Norte, além dos lagos Duas Bocas, Comprido, Sacaisal, Pracuúba, Bom Nome e Lago Novo, são algumas paisagens paradisíacas do município. Mas não só de beleza natural vive o Amapá.
Base Aérea
Também já foi chamada Museu da Segunda Guerra, por ter servido de apoio ao Exército e à Marinha Americana - e que está sendo transformada, de fato, em Museu da Segunda Guerra Mundial. No local ainda existem componentes remanescentes da segunda guerra, como torre de atracação de zepelins, paiol de munição, sucatas de um Jeep, trator e de um carro de bombeiros.
Cachoeira Grande
Que mesmo pertencendo ao município de Calçoene, fica próximo da cidade de Amapá). Na frente figura uma estátua em concreto do seu herói maior, o Cabralzinho.
EVENTOS
MaioTodos os anos do mês, realizam-se na sede do município, os festejos do divino Espírito Santo, padroeiro da cidade. Entretanto, um dos eventos mais importantes (economicamente) nesse município é a Agropesca -exposição feira-agropecuária, que ocorre no parque de exposições Tancredo Neves, onde comparecem criadores de quase todos os municípios, inclusive de outros Estados.
Fonte: www.ferias.tur.br
Reserva natural com área de 385.000 hectares, localiza-se no município de Amapá, costa leste do Estado, e é banhada pelo rio Araguari, que nesta altura deságua no oceano Atlântico.Pororoca
A pororoca pode ser um espetáculo aterrador ou fantástico dependendo de onde você estiver. Em segurança, pode-se presenciar a única ocasião em que o oceano Atlântico vence a resistência do rio.
A palavra Pororoca é de origem indígena e expressa o barulho produzido pelo fenômeno do encontro das águas do rio Amazonas com o oceano Atlântico, com um volume de 240.000 m3 por segundo,. O choque é particularmente violento no período das marés de primavera. Na primeira fase do encontro, as águas do Amazonas penetram por vários quilômetros dentro do oceano. Em seguida, a maré empurra o rio de volta na direção de seu curso e este se expande pela terra ao redor, inundando toda a região, inclusive praias e as ilhas mais rasas. Dessa forma, o rio é então impedido de despejar suas águas no oceano, ao mesmo tempo em que faz pressão para impedir a força do mar contra seu percursos.
A certa altura essa disputa se encerra e a força da maré penetra no estuário do rio Amazonas. As ondas crescem a uma altura de 4 metros, com ruídos que podem ser ouvidos a vários quilômetros de distância. Esse espetáculo natural pode ser observado em vários pontos do estuário do Amazonas, mas sua performance mais impressionante ocorre no maior braço do rio, situado no litoral do Amapá. Existem barcos que levam os turistas ao delta do rio Araguari, que também fica alagado, em viagem que dura 15 horas a partir de Macapá.
Os índios do baixo Amazonas tem uma boa palavra para definir a pororoca: poroc-poroc significa destruidor.
Fonte: www.braziliantourism.com.br
O Amapá é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado a nordeste da região Norte e tem como limites a Guiana Francesa a norte, o Oceano Atlântico a leste, o Pará a sul e oeste e o Suriname a noroeste. Ocupa uma área de 142.814,585 km². A capital é Macapá. As cidades mais populosas são Macapá e Santana, Laranjal do Jarí e Oiapoque.O relevo é pouco acidentado, em geral abaixo dos 300 metros de altitude. A planície litorânea se caracteriza pela presença de mangues e lagoas. Amazonas, Jari, Rio Oiapoque, Araguari, Calçoene e Maracá são os rios principais.
Atualmente, está sendo construida sobre o Rio Oiapoque a ponte binacional, entre o estado do Amapá e a Guiana Francesa, a obra está locazada a 5 km da cidade de Oiapoque. Em 23/08 de 2009, a obra foi notificada pelo Ibama, devido a desoberta de um sítio arqueológico próximo à obra. Em 26/08 do mesmo ano, a obra foi retomada.
Origem do nome
A origem do nome do Estado é controversa. Na língua tupi, o nome "amapá" significa 'o lugar da chuva' :ama (chuva) e paba(lugar, estância, morada). Segundo a tradição, porém, o nome teria vindo do nheengatu - língua geral da Amazônia, uma espécie de dialeto tupi jesuítico - significando "terra que acaba" ou "ilha". Segundo outros, a palavra "amapá" é de origem nuaruaque ou aruaque,[3] pertencente à mais extensa das famílias lingüísticas da América do Sul, dos habitantes da região norte do Brasil ao tempo do seu descobrimento - e identificaria uma árvore da família das Apocináceas. A árvore produz um fruto saboroso, em formato de maçã, de cor roxa, que é parte da farmacopéia amazônica. Da casca do tronco dessa árvore, o amapá (Hancornia amapa), típica da região e cujo desenho está no brasão do Estado do Amapá, é extraído o látex (chamado leite de amapá) usado na medicina popular como fortificante, estimulante do apetite e também no tratamento de doenças respiratórias e gastrite. Popularmente conhecida como "amapazeiro", a espécia encontra-se ameaçada, dada a sua exploração predatória para extração da seiva.[4]
História do Amapá
A costa do Amapá foi descoberta e reconhecida pelo espanhol Vicente Yañez Pinzón. Com quatro caravelas, Pinzón atingiu em 26 de janeiro de 1500 um cabo do litoral brasileiro que foi identificado como cabo de Santo Agostinho (Pernambuco). Prosseguindo para o norte, passou pela foz do Amazonas e chegou à boca de um outro grande curso d'água, daí por diante conhecido como rio de Vicente Pinzón. Sua identificação com Oiapoque daria ao Brasil ganho de causa na questão dos limites com a Guiana Francesa (1897).
Ocupação
O Tratado de Tordesilhas, firmado entre Portugal e Espanha em 1494, pusera toda a costa atlântica ao norte da foz do Amazonas sob jurisdição espanhola. A região do Amapá, entretanto, só viria a ser explorada em conjunto pelos dois países de 1580 a 1640, período em que Portugal foi governado por reis da Espanha. Também franceses, ingleses e neerlandeses se interessaram pelo território, conhecido na época por Costa do Cabo do Norte. Dele se extraíam madeira, resinas, frutos corantes, como o urucu, e óleos vegetais, além dos produtos de pesca, como o peixe-boi, guarabá ou manatim, que eram salgados e exportados para a Europa. Uma companhia inglesa, de Londres, e uma holandesa, de Flessing, foram fundadas para explorar essas riquezas. Deu-se início também à plantação de fumo e cana-de-açúcar, ao fabrico de açúcar e aguardente, e à criação de gado.
Os portugueses, que a esse tempo iniciavam a penetração na Amazônia, inquietavam-se com a competição estrangeira. Em 1637, Bento Maciel Parente obteve de Filipe II a concessão de todo o Cabo do Norte como capitania hereditária, a exemplo das que Dom João III criara cem anos antes. Seu título foi reconhecido, depois da restauração, por Dom João IV, mas nem por isso cessaram as incursões estrangeiras, sobretudo de franceses, que baseavam suas pretensões em cartas-patentes de 1605 com que o rei Henrique IV fizera Daniel de la Touche, sire de La Ravardière, seu lugar-tenente nas regiões da América "desde o rio das Amazonas até a ilha da Trindade". Em 1694, o marquês de Ferrolles, governador de Caiena, pretendeu que a fronteira passasse por uma imaginária "ilha Oiapoque", na própria foz do Amazonas. Em 1697, houve uma invasão armada. Tais lutas e desinteligências levaram a negociações (1698) e a um tratado provisório (1700), que neutralizava a área contestada até a conclusão de um acordo final. Confirmado pela aliança de 1701 entre Portugal e França (1713-1715), em que Portugal tomou o partido de Inglaterra, Áustria e Países Baixos contra Luís XIV.
O primeiro Tratado de Utrecht (1713) dispôs que o limite entre as possessões francesas e portuguesas no norte do Brasil seria o rio Oiapoque ou de Vicente Pinzón; consagrou a desistência francesa "a qualquer uso" do rio Amazonas; e garantiu a Portugal a posse exclusiva das duas margens. A partir dessa data o esforço diplomático francês foi dirigido no sentido de provar que o rio Oiapoque não era o rio de Pinzón e a sugerir rios alternativos, mais para o sul: o Cassiporé (Caciporé), o Calçoene, o Cunani, o Carapapóris, o Araguari, um braço do Amazonas junto à ilha de Marajó.
Alguns desses falsos limites foram consagrados por instrumentos internacionais. Um tratado de 1797 pôs a fronteira da Guiana no Calçoene, mas não foi ratificado por Portugal. O Tratado de Badajoz (1801) adotou o rio Araguari. O Tratado de Madrid (1801), o rio Carapanatuba. Foram anulados pelo manifesto do príncipe regente (1808) e pelo artigo adicional n.º 3 ao Tratado de Paris (1814). O Tratado de Amiens (1802), celebrado por França, Espanha, Reino Unido e Países Baixos, reconheceu, igualmente, a fronteira no Araguari. Não teve, contudo, a adesão de Portugal.
Desbravamento
"O Marquês de Pombal expulsando os jesuítas" (Louis-Michel van Loo e Claude-Joseph Vernet, 1766).
A ocupação de Portugal por Junot (1808) levou à trasladação da corte e a represálias contra os franceses no norte do Brasil. A Guiana foi ocupada por um corpo de vanguarda de voluntários paraenses, apoiados por uma pequena força naval, e governada durante oito anos pelo desembargador João Severiano Maciel da Costa, futuro marquês de Queluz. O Tratado de Paris (1814) ordenou a restituição da Guiana à França com as fronteiras de 1792, isto é, no Carapapóris. Portugal não ratificou essa decisão. O ato final do Congresso de Viena (1815) reconheceu a antiga fronteira de Utrecht. Por uma convenção celebrada em Paris (1817), Portugal comprometeu-se a efetuar a devolução em três meses, o que foi feito. Concordou também em que se formasse uma comissão mista para demarcar a fronteira. Tal comissão, porém, jamais se reuniu.
Durante a Cabanagem, que conflagrou por cinco anos (1835-1840) a província do Grão-Pará, o território se opôs aos rebeldes e sofreu depredações. Seus rebanhos foram dizimados. Constituíam, já, riqueza apreciável. Essa prosperidade e a ocorrência de ouro no Calçoene reavivaram a velha ambição francesa.
Fonte: pt.wikipedia.org